Saturday, June 03, 2006

you must not forget anything





8ºccp

still born

preferência


talvez mais logo, disse ela. quando? mais logo... já não quero então. porquê? porque sim. só porque sim. porque estou cansado do não. e do talvez. mas sobretudo do sempre, do nunca, dos todos, dos nenhuns. até do nada, que sempre me foi tão caro. como aquelas bugigangas que encontras sem o esperares e que acabam por te acompanhar por toda uma vida. e estou um pouco cansado desta. não és tu, sou eu. ou, não sou eu, és tu, se preferires. portanto prefere. não te inibas. prefere. qual é a tua cor preferida? a sério? a minha também. e eu a pensar que não tinhamos nada em comum. uma cor é melhor que nada. ou, nada é melhor que uma cor, como preferires. prefere. eu não o vou fazer. nunca o fiz. não é agora que vou mudar. prefiro não mudar. para quê? para quem? para onde? somos todos mais ou menos a mesma coisa. menos ou mais, não interessa. e menos até dizem poder ser mais, acreditas? acredita. eu tenho dúvidas, sempre fui desconfiado. se calhar nem sempre. talvez nem seja. consigo ser tão ingénuo como qualquer outro. se calhar o que tu preferes é qualquer outro. outro que não eu mas com a mesma ingenuidade. e a mesma desconfiança. somos todos mais ou menos a mesma coisa. já to tinha dito? desculpa. também tenho por hábito repetir-me. se não mudo repito-me. mas antes demito-me.